Com a Lei Seca mais rigorosa desde janeiro para
os motoristas que forem flagrados dirigindo embriagados, voltam a circular na
internet informações de que é possível burlar a fiscalização. No mundo virtual,
a informação é que é possível driblar o bafômetro ao tomar alguns comprimidos do
princípio ativo pidolato de piridoxina, derivado da vitamina B6. Indicado para
tratamento de pessoas com problemas hepáticos, como cirrose, o remédio age na
remoção do álcool dos tecidos e do sangue, conforme a bula. Com tarja vermelha,
deve ser vendido com receita médica.
De acordo com José Luís Maldonado, assessor
técnico do Conselho Federal de Farmácia, apesar de o medicamento acelerar o
metabolismo do álcool no organismo, não elimina os efeitos da substância no
comportamento da pessoa. “A coordenação motora e a habilidade dos reflexos não
melhoram com o uso do medicamento. Ele não dá condições de dirigir em
segurança”, explicou. Maldonado esclareceu que o medicamento é usado para a
recuperação de pessoas que sofrem de intoxicação severa por álcool ou para
aquelas pessoas que estão com problemas hepáticos, como cirrose hepática e
fígado alcoólico.
O remédio provoca também efeitos colaterais,
continuou Maldonado. Entre eles, sonolência, dor abdominal, vômito, náusea e, em
grandes quantidades, pode levar à trombocitopenia (problema com a capacidade de
coagulação).
Paulo Chizzola, gerente e médico do laboratório
fabricante, disse que o medicamento não funciona com o fim de burlar o
bafômetro. “Ele acelera o metabolismo do álcool no sangue, mas não o anula”,
esclareceu e lembrou que a substância deve ser tomada com orientação
médica.
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
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