“Vou experimentar um pouco ser político e empresário. Vou fazer um pouco dos dois”, afirmou Henrique Alves em entrevista ao portal de notícias UOL. A possibilidade do presidente da Câmara Federal assumir um ministério no Governo Federal vem sendo levantada desde o domingo, quando ele foi derrotado por Robinson Faria (PSD) na disputa pelo Governo do Estado.
Contudo, essa hipótese ganhou mais força quando o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB), anunciou que deixaria o cargo no próximo ano. Primo de Henrique, a saída de Garibaldi abriria espaço para uma nomeação do ex-candidato ao Governo, que ainda é bem visto e exerce forte liderança entre os peemedebistas, partido que divide com o PT a gestão federal.
Porém, é bem verdade que a relação entre Dilma e Henrique nunca foi das melhores. Em 2013, o peemedebista chegou a ser apontado pelos jornais nacionais como um dos motivadores de um rompimento entre as duas siglas e foi visto como um dos “símbolos” do fisiologismo na Câmara Federal, com a troca de cargos pela aprovação de matérias de interesse do Governo Federal. A crise, no entanto, foi amenizada pelo próprio Henrique, que foi um dos defensores da manutenção da aliança entre PT e PMDB na esfera federal, mesmo que ela não se repetisse no Rio Grande do Norte – o PT ficou com o PSD e o PMDB, com PSB e PSDB.
E o fato de lideranças nacionais petistas, como o ex-presidente Lula, ter pedido voto para o adversário de Henrique no Rio Grande do Norte, acabou sendo um ponto que causou real insatisfação do peemedebista. Segundo o UOL, inclusive, Henrique disse ter ficado “surpreso” e “incomodado” com a gravação de Lula no programa eleitoral de Robinson Faria. “Fui grande parceiro do presidente Lula, muito importante para o seu governo. Na época em que ele era presidente, meu partido tinha a maior bancada, eu era o líder. Conversamos muita coisa para ajudar”, afirmou o ex-candidato ao UOL.
A situação, pelo menos, estaria superada, segundo palavras do próprio Henrique. Contudo, não há interesse dele em assumir qualquer ministério no momento. “O deputado afirmou que agora irá se dedicar a dois assuntos: a gestão de suas empresas de comunicação no Estado (Tribuna do Norte, Rádio Globo e a InterTV Cabugi) e a união nacional e local do PMDB. Afirmou ainda que pretende circular mais pelo RN para evitar ser criticado pela ausência no Estado, o que ocorreu durante a campanha”, narrou o texto do UOL.
Fonte:Jornal de Hoje
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