quinta-feira, 28 de maio de 2015

Projetos de leitura e participação familiar são diferenciais para êxito na Educação

Experiências exitosas em escolas públicas municipais e estaduais da capital foram apresentadas na Câmara Municipal de Natal na manhã desta terça-feira (26). Uma audiência pública, proposta pela vereadora Professora Eleika Bezerra (PSDC), reuniu sete escolas para que apresentassem seus projetos e resultados, comprovando que é possível oferecer educação pública de qualidade.

Os gestores das escolas municipais Antônio Campos (Mãe Luíza), Antônio Severiano (Neópolis), Joaquim Honório (Alecrim), Quarto Centenário (Petrópolis), Carlos Belo Moreno (Neópolis) e das estaduais, Instituto Keneny (Cidade da Esperança) e Hegésippo Reis (Nova Descoberta) detalharam que o eixo do trabalho está em projetos de leitura e na participação da família.
Prova disso é o resultado apresentado pela Escola Municipal Joaquim Honório no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que saltou da nota 3.2, em 2005 para 5.6, em 2013, atingindo meta esperada apenas para 2021. "Nós atribuímos este resultado às várias ações de incentivo à leitura que realizamos em nossa escola. Nós queremos o aluno dentro da biblioteca, da sala de leitura, levamos os livros até eles e incentivamos isso sempre, inclusive junto aos pais. Temos salas de leitura, de informática, de artes, quadra esportiva, recreio monitorado e nossa meta é que cada aluno neste ano leia, no mínimo, 30 livros por ano", planeja o diretor da unidade, Ênio Farias.

Nos projetos pedagógicos de todas as escolas, a leitura é destaque. A escola Carlos Belo Moreno já teve seu projeto premiado e apresentado na Feira Internacional do Livro em Bogotá, na Colômbia, com atividades como "Autores na Escola", pintura de poemas nos muros e a blitz da leitura.

A inclusão da família na culminância de projetos, nas datas comemorativas e no dia a dia escolar é outra ferramenta presente no trabalho escolar que tem apresentado resultados. Na Escola Municipal Quarto Centenário e no Instituto Kennedy, por exemplo, a junção dessas iniciativas levou o índice de evasão escolar para zero.

A vereadora e professora Eleika Bezerra chamou a atenção para os projetos de leitura e a participação da família. "A leitura está presente em todas estas escolas e o resultado é nítido. Aos educadores, considerem essas ideias de leitura e família em suas escolas na hora de elaborar seus projetos", sugere a parlamentar.

A secretária adjunta de gestão pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME), Judineide Domingos, destacou as semelhanças entre as escolas apresentadas. Ela apontou a familiarização entre o projeto e o ambiente e relembrou investimentos do Município na Educação. "Em todos os locais a gente percebe o zelo, o cuidado, o contexto do ambiente com o ideal do projeto. Isso dá ânimo à equipe e estimula os alunos. Por isso, o Município tem investido na reforma e recuperação da infraestrutura escolar, em tecnologia, em um sistema de gestão informatizado, no cumprimento do piso, entre outros, por entender que é possível oferecermos uma educação de qualidade e levar esses resultados para outras escolas", declarou.

Quebrando o protocolo esperado, a vereadora Professora Eleika Bezerra convidou um aluno e um pai para representar, respectivamente, a classe discente e a família na mesa. O aluno João Paulo Silva, de 14 anos, cursa o 9º ano na Escola Municipal Professor Antonio Severino. “A minha escola também tem defeitos como todas as outras, mas também tem muitas qualidades porque ela nos dá a oportunidade de participar. No ano passado, por exemplo, participei do Mais Educação e notei que há muita defasagem dos alunos, o que mostra a falta de interesse deles mesmos”, pontuou.

Para José Décio Almeida, pai do aluno Yuri Mateus, da Escola Estadual Hegésippo Reis, o diferencial da escola está na participação da família na rotina escolar. “Nós somos chamados a participar das atividades que a escola promove e acho que isso é muito importante porque nos aproxima dos nossos filhos, dos professores e da própria escola. A criança não faz o que a gente manda, ela faz o que a gente faz, segue o exemplo do pai, da mãe, da professora. Então, participar é essencial”, concluiu José Décio.
 
Com informações da Assessoria da CMN
Foto Juliana Manzano e Marcelo Barroso

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