domingo, 9 de abril de 2017

Conheça a disciplina positiva, filosofia que substitui a punição por compreensão

 
Educar não é tarefa fácil. Se somarmos a isso falta de tempo, excesso de trabalho, estresse… A missão fica ainda mais difícil. Nesse contexto, a birra do filho pode virar uma discussão com os pais e tornar o lar um ambiente tenso. Na contramão disso, surge a disciplina positiva, uma filosofia baseada na gentileza, na firmeza, no respeito e no amor entre crianças e responsáveis. 

— A disciplina positiva me ajuda a enxergar o que acontece com meus filhos de uma forma respeitosa. Entendendo o que acontece com eles, consigo me acalmar porque não tenho mais aquele sentimento de estar completamente perdido na educação deles — diz Thiago Queiroz, educador para disciplina positiva. 

Thiago é pai de Dante, de 4 anos, e Gael, de 2. No blog “Paizinho, vírgula”, discute questões relacionadas a paternidade. Ele acredita que é possível ensinar aos filhos o que é certo e errado sem usar punições ou castigos. — Se meu filho tem crise de choro porque quer um brinquedo, sei que é um sofrimento genuíno dele por não conseguir lidar com a frustração de não ter aquilo. Por mais que sinta a pressão de todos ao redor para castigá-lo, consigo me acalmar e conversar com ele, dizendo que entendo como está triste e oferecendo um abraço, caso ele queira — exemplifica Thiago. 

Para a psicóloga Renata Bento, quanto mais a criança souber lidar com frustrações, melhor será o desenvolvimento emocional dela. 

— Um pai que grita está mostrando mais um desequilíbrio do que autoridade ou educando. Quem pratica violência sugere que a criança faça o mesmo — observa ela. 

Renata acrescenta que o uso de termos pejorativos em broncas marca a vida das crianças, afetando autoestima e causando sintomas como recolhimento. Ela sugere que quando perceberem que vão estourar, os pais se acalmem. 
— O limite é importante no desenvolvimento. Chame a criança para conversar sobre as atitudes dela, apontando características positivas antes dos pontos negativos — conclui a psicóloga. 

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