quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Farmacêutica jpenhense Fabrícia Fontes, estuda doenças neurológicas derivadas do vírus zika na UniRio




Pesquisadora Fabrícia fontes com a professora Soniza Vieira, coordenadora do projeto 

Pós na UniRio estuda doenças neurológicas derivadas do vírus zika

 RIO - O Programa de Pós-Graduação em Neurologia, Mestrado e Doutorado da UniRio, a ser realizado no Hospital Gafrée e Guinle, no Maracanã, está com inscrições abertas de 30 de janeiro a 2 de fevereiro. Para o mestrado são oferecidas 12 vagas. Para o doutorado, 15.

De cursos como estes podem surgir projetos capazes de aportar soluções para doenças graves. E foi pensando em algumas delas que alunos e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Neurologia da universidade se uniram.
As perguntas que eles querem responder são: Como se dá o desenvolvimento de problemas neurológicos surgidos após a infecção por zika e chicungunha? Por que, em alguns indivíduos, o vírus pode deixar sequelas como encefalite, microcefalia e tremores característicos do mal de Parkinson e em outros não gerar transtornos tão sérios?
O projeto de pesquisa em neuroinfecção desenvolvido por eles foi contemplado, em outubro, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Chamado de “Caracterização de fenótipos neurológicos, imunológicos e de polimorfismos de genes com função imune nas infecções pelos vírus zika, chicungunha e doenças correlatas”, o trabalho é liderado pela professora Soniza Vieira Alves-Leon, docente da UniRio desde 1991.
O programa tem como objetivo identificar marcadores imunológicos e genéticos que justifiquem o desenvolvimento de manifestações neurológicas em pacientes contagiados. Para isso, o grupo de pesquisa vai analisar, durante quatro anos, as características daqueles que foram infectados, mas não desenvolveram sintomas neurológicos, e compará-las com pacientes que desenvolveram doenças como microcefalia, síndrome de Guillain-Barré e mielite transversa.
— Nossa expectativa é encontrar esses marcadores nos pacientes acometidos por problemas neurológicos após a infecção, e entender os mecanismos envolvidos no desenvolvimento dessas manifestações — diz Soniza.
Segundo ela, mais de 80% dos indivíduos infectados não apresentam sintomas da infecção pelo vírus zika.
— Mas cerca de 20% dos que apresentam desenvolvem casos graves de neuropatologias. Eles provavelmente têm algum tipo de suscetibilidade genética que está associada à resposta individual à infecção viral. E é isso que queremos provar — completa Soniza.
A farmacêutica Fabrícia Fontes, que vai trabalhar como pesquisadora no projeto, acredita que o estudo pode trazer avanços em relação ao contágio por zika e chicungunha.

— Esperamos que o projeto possa gerar diagnósticos mais precisos, além de melhores tratamentos e novas tecnologias — diz Fabrícia.
O estudo também proporcionará melhorias para a UnRio, já que serão adquiridos novos equipamentos, como sequenciadores genéticos de última geração.
Além do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), que pertence à UniRio, o projeto será desenvolvido em parceria com o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).



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