A sede tem uma temperatura média anual de 28,1°C e na vegetação do município predominam a caatinga hiperxerófila e a floresta caducifólia. Com uma taxa de urbanização da ordem de 60,36% (2010), o município contava, em 2009, com cinco estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,629, considerando como médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
O município foi emancipado de Luís Gomes na década de 1950. O nome do município é uma referência a José da Penha Alves de Souza e foi escolhido pela população na época da emancipação. Atualmente, o município é formado pelos distritos de José da Penha (sede) e Major Felipe.
1. História
A história do atual
município de José da Penha, localizado na zona serrana do estado do Rio Grande
do Norte, começa no século XX, em 1934, quando o local começou a ser povoado,
nos arredores do riacho Aroeira. Esse povoado, mais tarde, recebeu o nome
de Mata.
Apenas oito anos mais tarde,
em 1942, o povoado continuava crescendo e se desenvolvendo. No dia 31 de
dezembro de 1958, o povoado da mata foi emancipado de Luís Gomes,
tornando-se novo município potiguar com o nome de "José da Penha". O
nome foi escolhido pela população local e faz referência a José da Penha Alves
de Souza, potiguar natural de Angicos, autor de vários livros referentes a
assuntos filosóficos e militares.
Até os dias
atuais, o município é formado por dois distritos: o distrito de José da Penha
ou distrito-sede(onde se localiza a sede municipal) e o distrito de
Major Felipe, próximo à divisa com o município de Major Sales.
2.
Geografia
No município predomina
um relevo acidentado, cuja formação é composta pela Depressão
Sertaneja-São Francisco, que abrange uma série de terrenos baixos situados
entre as partes altas do Planalto da Borborema e da Chapada do
Apodi.
O município de José da Penha
encontra-se com 100% do seu território inserido na bacia
hidrográfica do rio Apodi/Mossoró. O principal rio que passa próximo
do município é o Rio Apodi, maior rio totalmente potiguar, que nasce
na Serra da Queimada, em Luís Gomes e deságua no Oceano
Atlântico, após passar pelo município de Areia Branca, onde recebe o nome
de rio Ivipani. Os principais riachos da cidade são: das Flechas, Baixa do
Fogo e Catolezinho. Os principais açudes com capacidade superior a cem mil
metros cúbicos de água são: Angicos (com capacidade para 3,5 milhões de m³),
Barragem da Ema (1 500 000 m³), Baixa do Fogo
(2 060 880 m³), Catolezinho (243 000 m³) e Flechas (8 950 000 m³).
O clima de José da Penha é
considerado semiárido, cuja sede possui temperaturas médias anuais em
torno de 28,1°C, sendo 30°C a temperatura máxima e 21°C a temperatura mínima. A precipitação média anual é de 834,9, sendo que o
mês mais chuvoso é março, quando a precipitação é de 222,9 milímetros, enquanto
outubro é o mais seco, quando só caem 6,4 mm.
A vegetação de José da Penha é composta pela caatinga hiperxerófila - um tipo de vegetação de
caráter mais seco e é onde há a abundância de cactáceas e plantas de porte mais
baixo e espalhadas - e pela floresta caducifólia - apresenta espécies de
plantas com folhas pequenas e caducas, que caem durante a estiagem.
A
população de José da Penha estimada pelo IBGE em 2011 foi de 5 865 habitantes,
com uma densidade demográfica aproximada de 49,86 habitantes por quilômetro
quadrado. Conforme o censo de
2010 realizado pelo IBGE, a população josé-penhense é formada por brancos (51,52%), pardos (44,42%), pretos(3,27%), amarelos (0,37%) e indígenas (0,02%).
O Índice de
Desenvolvimento Humano do município
é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD). Em 2000, seu valor
era de 0,629, sendo o nonagésimo maior do estado. Considerando apenas a educação o índice é de
0,673, o índice da longevidade é de 0,706 e o de renda é de 0,508. A renda
per capita é de 4 220,40 reais (2010).
3. Cultura Local
Para
estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a prefeitura de José da
Penha, juntamente ou não com empresas locais,
investe no segmento de festas e
eventos. Essas festas, muitas vezes atraem pessoas de outras cidades, exigindo
uma melhor infraestrutura no município e estimulando a profissionalização do
setor, o que é benéfico não só aos turistas, mas também a toda população da
cidade. As atividades ocorrem durante o ano inteiro, entre os quais destacam-se
a festa do padroeiro São Francisco de Assis, realizada no dia 4 de outubro e a festa de emancipação política, em 31
de dezembro, na virada para o Ano-Novo.
O artesanato também é uma das formas mais espontâneas
da expressão cultural josé-penhense.
Em várias partes do município, assim como do estado, é possível encontrar uma
produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local. Alguns grupos
reúnem diversos artesãos da região, disponibilizando espaço para confecção,
exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas
em feiras, exposições ou
lojas de artesanato.