domingo, 1 de maio de 2011

Dilma envia mensagem a trabalhadores na festa de 1º de Maio


São Paulo - A presidenta Dilma Rousseff enviou hoje (1º) mensagem aos trabalhadores que participaram da festa do Dia do Trabalho realizada pelas centrais sindicais na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Participaram da festa a Força Sindical, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Na mensagem, lida pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, Dilma disse que a data se transformou no símbolo da luta pela dignidade do trabalho em todo o mundo e reforçou o compromisso de seu governo com a melhoria de vida dos trabalhadores.

“Não permitirei, sob nenhuma hipótese, que a inflação volte a corroer o poder aquisitivo dos trabalhadores. Nos últimos oito anos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu a maior política de empregos já vista no país. Foram criados 20 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, férias e décimo-terceiro salário. No meu governo,vamos criar as oportunidades de trabalho”.

Na carta, ela lembrou que lançou na última quinta-feira (28) o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Esse programa vai permitir que o Brasil transforme completamente a qualidade da formação profissional dos jovens trabalhadores. Até 2014, o programa vai criar 8 milhões de novas oportunidades de formação profissional tanto para jovens quanto para trabalhadores de mais idade”.

Durante o ato político de manhã, na festa que tem como lema "Desenvolvimento com Justiça Social", os sindicalistas defenderam a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias, a valorização do salário mínimo, o trabalho decente, a igualdade entre homens e mulheres, a valorização do serviço público e do servidor público, a reforma agrária, a educação e qualificação profissional e a redução da taxa de juros.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, a regularização da terceirização é outro ponto abordado. Segundo ele, as centrais estão, em parceria com alguns deputados federais, instalando uma comissão especial para resolver a questão na Câmara dos Deputados. “Vamos fazer uma pressão no Congresso para que aprovem a pauta dos trabalhadores. Hoje, vamos aprovar um calendário de luta das centrais sindicais no Brasil inteiro, para aprovar também as 40 horas de trabalho semanal”.

A ausência de Dilma não atrapalhou o evento, mas Paulo Pereira da Silva disse que seria importante a presença dela para que as centrais pudessem continuar a negociação com o governo para aprovar suas reivindicações. "Achamos que tem um punhado de democratas na cabeça da Dilma dizendo que o Brasil não pode crescer, que tem que parar de investir, cortar salários, aumentar os juros e isso nos incomoda. Se pudéssemos contar com ela aqui, talvez pudéssemos sensibilizá-la de que o caminho é outro”.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que o país deve ficar atento e privilegiar a segurança do trabalhador, porque tem alto índice de acidentes de trabalho, chegando a 4% dos trabalhadores ativos. “Além da comemoração e de apelarmos para a organização e conscientização do trabalhador, é importante apelar para que ele comece, cada vez mais, a exigir seus equipamentos de segurança”.

Lupi disse ainda que o Ministério do Trabalho está trabalhando junto com o Ministério da Educação para permitir que todos os trabalhadores que estão recebendo seguro-desemprego possam participar de cursos de qualificação para voltar mais rápido ao mercado. “Isso não é novidade, em muitos países da Europa quando o trabalhador está recebendo o seguro desemprego passa automaticamente a ser obrigado a fazer qualificação profissional”. A verba para esse curso deve sair das receitas do Tesouro e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).



Edição: Graça Adjuto

* Agência Brasil

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