Osama Bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas, foi morto na madrugada desta segunda-feira (2), segundo informou o governo dos Estados Unidos.
De acordo com o presidente norte-americano Barack Obama, em pronunciamento na TV, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista -que tinha entre 53 e 54 anos- durante a semana passada.
Um pequeno grupo de soldados conseguiu matar Bin Laden em uma fortaleza na cidade de Abbotabad, próximo a Islamabad, capital do Paquistão.A operação, sigilosa, foi executada no domingo por um comando especializado da Marinha dos EUA.
O diretor da CIA (agência de inteligência americana), Leon Panetta, disse nesta segunda-feira (2) que a rede terrorista da Al Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Osama bin Laden.
- Apesar de Bin Laden estar morto, a Al Qaeda não está. Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nós devemos - e vamos - permanecer vigilantes e resolutos.
Da mesma forma, o diretor do Europol, o serviço europeu de polícia, Rob Wainwright, declarou à agência de notícias EFE que "resta esperar uma ação de resposta a curto prazo" por parte da Al Qaeda.
- É natural que surja um instinto de vingança entre os membros do grupo.
O chefe do Europol afirmou que a morte de Bin Laden não enfraquecerá a organização, pois, segundo ele, nos últimos anos "o controle dentro da Al Qaeda se diversificou muito e existem distintas células independentes".
Wainwright qualificou o atual momento como "histórico" e ressaltou que, "entre os seus, a história de Osama bin Laden era uma história de sucesso", já que ele conseguiu escapar durante dez anos da Justiça.
Site ligado à Al Qaeda diz que “guerra santa” vai continuar
Um comunicado divulgado em um site ligado à rede terrorista Al Qaeda assegurou nesta segunda-feira (2) que a jihad (guerra santa islâmica) contra os "infiéis" continuará, e que a morte do líder da rede terrorista, Osama bin Laden, não será chorada.
O comunicado, assinado por Hussein bin Mahmoud, um seguidor da Al Qaeda, garante que o grupo “não ficará triste” com a morte.
- Dizemos a [Barack] Obama que não vamos chorar por Osama, não ficaremos tristes por sua morte, não aceitaremos o luto por ele, não vamos escrever homenagens e iremos, sim, lhes dar alguns dias para comemorar e depois retomaremos a guerra islâmica contra a heresia.
A nota foi publicada pelo site Ansar al Mujahideen, na qual costumam ser divulgadas notas da Al Qaeda e grupos aliados.
- Não queremos operações aqui e lá como vingança, queremos operações qualitativas, que sejam planejadas com sabedoria e paciência para que tragam frutos e façam com que os atentados de Washington sejam esquecidos.
Mahmoud, colaborador habitual desta e de outras páginas ligadas à rede terrorista, também advertiu sobre atos de vingança e atentados individuais e esporádicos porque, segundo ele, na maioria dos casos têm "resultados contraditórios".
O comunicado pede no final aos dirigentes terroristas que se "reorganizem" e anunciem um sucessor de Bin Laden em uma nova etapa.
Fonte: Globo.com
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