O colesterol alto na infância e adolescência está relacionado, na maioria dos casos, à má alimentação e ao sedentarismo. Pode ser provocado por uma doença genética ou histórico familiar, como pais e avós que tenham tido infarto ou derrame.
O estudo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a dieta alimentar do brasileiro mostra que os adolescentes de 14 a 18 anos de idade são os que mais ingerem alimentos com colesterol, aqueles de origem animal, como carnes, leite, queijos, manteiga ou iogurte.
Entre os meninos, a média de consumo foi de 282,1 miligramas por dia e, entre as meninas, de 237,9 miligramas – as maiores médias em comparação às faixas etárias analisadas dos dois sexos. O recomendado é ingerir de 200 a 300 miligramas de colesterol por dia.
O consumo exagerado pode elevar o nível de gordura no sangue. O colesterol alto não traz problemas imediatos para as crianças e adolescentes. Mas quando fica sem tratamento, aumenta o risco de doenças cardíacas na fase adulta.
“Se não for tratado na infância ou na adolescência, aumenta o risco de a pessoa sofrer um infarto aos 25 ou 30 anos de idade”, alerta o diretor do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Daniel de Araújo
Para evitar o distúrbio, os médicos recomendam a prática de exercícios físicos e uma dieta saudável, com verduras, legumes, frutas e carnes magras. Outra indicação é observar o nível de colesterol a partir dos 10 anos de idade. “O adolescente não faz exercício. Essa vida moderna não ajuda”, disse Ana Paula Chacra, cardiologista do Instituto do Coração (InCor) em São Paulo.
Existem dois tipos de colesterol. O HDL, chamado colesterol bom, reduz o risco de acúmulo de gordura nas artérias. O LDL, colesterol ruim, deposita gordura nas artérias e dificulta o fluxo sanguíneo.
*Com as onformações da Agência Brasil
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