Na manhã dessa quarta feira, (14/09), os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) se reuniram em assembleia na sede da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN), e decidiram pôr fim à greve que já durava 106 dias, a maior na história da instituição que após a decisão aas aulas serão retomadas a parti de amanhã, quinta feira (15/09).
A decisão foi tomada depois que a Reitoria, em nome do Governo do Estado, apresentou um documento constando o atendimento da pauta de reivindicação da categoria. Mesmo considerando que o atendimento foi somente parcial, os docentes avaliaram como positivo o movimento, tendo em vista a intransigência da administração estadual em negociar. O Governo só chegou a apresentar uma proposta concreta depois de 70 dias de greve, mesmo assim, depois da pressão da categoria com as mobilizações de rua.
Dessa forma, o Governo esticou o movimento paredista se negando a negociar para poder pedir a abusividade e ilegalidade da greve na justiça. Por várias vezes, a ADUERN flexibilizou suas propostas para pôr fim ao movimento paredista, mas a administração estadual parecia não se importar com os prejuízos da greve.
A categoria considera a greve vitoriosa, pois demonstrou a força de organização dos docentes da UERN. Para Flaubert Torquato, presidente da ADUERN, a unidade com os estudantes e técnicos foi fundamental para fazer o governo negociar com a categoria, sem desconsiderar o apoio que o movimento teve da sociedade norteriograndense.
“Apesar do fim da greve, o movimento em Defesa da UERN não acabou. A greve demonstrou a força de organização dos professores da Universidade. Continuaremos vigilantes, pois a ADUERN sai fortalecida e a categoria docente preparada a continuar a luta em defesa da única universidade presente em praticamente todo o território potiguar”, explica.
Via ADUERN
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