Estudo da Universidade de Edinburgo, Escócia, aponta que uma pequena aspirina pode prevenir câncer de intestino, sem efeitos colaterais. As informações são do site da revista New Scientist.
Um dos remédios mais populares do mundo acaba de ganhar mais uma utilidade. Uma pesquisa britânica publicada no dia 28/10, diz que o ácido acetilsalicílico (AAS), mais conhecido pelo nome comercial aspirina, ajuda na prevenção dos cânceres hereditários.
O estudo foi feito com cerca de mil pacientes com a síndrome de Lynch, um problema que afeta os genes que detectam e consertam as falhas no DNA. Em cerca de 50% dos casos, a consequência desse defeito é o câncer. Os tipos mais comuns são o colorretal e o de útero.
Os pacientes foram divididos em dois grupos – um que tomou e outro que não tomou o AAS regularmente – e acompanhados por cerca de dez anos. Entre os que não usaram o medicamento, quase 30% desenvolveram câncer; no grupo dos que tomaram, apenas 15% tiveram a doença.
Contudo, o número de pólipos – estruturas consideradas precursoras dos tumores – foi igual nos dois grupos. Segundo os pesquisadores, isso sugere que o AAS cause a destruição das células antes que elas se tornem cancerosas.
“É um grande avanço em termos de prevenção do câncer. Para quem tem histórico de cânceres hereditários na família, como o colorretal e o de útero, essa notícia será bem-vinda”, acredita Patrick Morrison, da Queen’s University, em Belfast, que coordenou a pesquisa na Irlanda do Norte.
Mas ele alerta: “Para quem está considerando tomar aspirina, eu recomendo conversar com o médico antes, pois se sabe que a aspirina traz vários riscos para o estômago, incluindo úlceras”.
A pesquisa foi publicada na edição online da revista médica Lancet.
Do G1/ Acessemed
Nenhum comentário :
Postar um comentário