segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Luis Gomes: 100 dias sem água nas torneiras



Amanhã a cidade de Luís Gomes completa 100 dias sem água nas torneiras. Desde o início do colapso, que aconteceu no final de outubro passado, quando o principal reservatório do município ficou totalmente seco, o sofrimento em busca do precioso líquido é um dos maiores já visto em solo Luís-gomense.

Atualmente a cidade encontra-se abastecida em caráter emergencial, através de carros-pipa pagos pelo Governo Federal, pelo governo estadual e pela administração municipal. De acordo com informação não-oficial, os carros-pipa pagos pelo Governo Federal se encontram parados por falta de pagamento.


Caminhões e veículos particulares também circulam noite dia vendendo água a um preço médio de R$ 20,00 cada mil litros, ou seja, 50% a menos do que no início da crise.

No limite econômico e emocionalmente abalados, moradores se perguntam o que vai acontecer se até meados de 2012 o sistema de abastecimento da Caern não for restabelecido.

Para que o sistema volte a funcionar, o açude Dona Lulu Pinto precisa captar água das chuvas ou aconteça o milagre da conclusão da adutora Alto Oeste, projeto do Governo Federal e que está com mais de 80% das obras concluídas. No momento os serviços encontra-se paralisados. Segundo informações da mídia, os trabalhos devem ser retomados no início de março.

As precipitações de janeiro, que chegaram a um acumulado de 144mm, não resolveu o problema do principal reservatório da cidade. No entanto, as águas serviram para dar um alívio temporário aos lares que, através das bicas, armazenaram milhares de litros de água em pequenos e grandes reservatórios residenciais. Vale salientar que essa reserva já foi usada pela população.

Além do saldo positivo nas caixas, as chuvas também fizeram com que os moradores economizassem no bolso, pois mais de 70% dos habitantes pagam caro por cada litro de água potável consumido e, no período chuvoso, não tiveram que comprar água.

Na agricultura os efeitos das chuvas foram bastante positivos. Açudes e cacimbões recuperaram suas reservas. Plantios de milho e feijão foram feitos e uma nova pastagem brotou garantindo ração ao rebanho.




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