terça-feira, 18 de junho de 2013

“O grito de guerra”

                                         

Venho, por meio desta, tentar mostrar aos verdadeiros manifestantes, pessoas de bem que reivindicam as ações e investimentos necessários para a melhoria nos mais diversos setores de serviços públicos do país, que cada um de vocês, ao sair às ruas levantando a voz, difundindo o sentimento de insatisfação com os gestores públicos e chamando a atenção da mídia sem atos de vandalismo, com certeza, esta exercendo a VERDADEIRA CIDADANIA.

As causas defendidas nos protestos são dignas de atenção, apoio e respeito por parte de todos nós, cidadãos, que pagamos uma carga exacerbada de tributos no intuito de que esse dinheiro seja convertido em benefícios comuns. No entanto, a luta pelos direitos está sendo ridicularizada pelos atos dos falsos manifestantes, vândalos que vestem mascaras para esconderem as faces que sentem prazer pela destruição e guerra cívica, e pela influencia da guerra partidária pelo poder.

A mídia nesses últimos 15 dias vem divulgando constantemente a quantidade de feridos, as inúmeras degradações de bens públicos e privados, e o pior de tudo, vem dando atenção não para as causas defendidas nos protestos, mas sim para aquilo que não deveria acontecer- a violência. Tais notícias derrubam a legitimidade das manifestações dignas e propagam a ideia de que protesto é apenas uma forma de diversão para quem gosta de ver ruínas e sangue derramado em vão.

Quanto a influencia da guerra partidária, gostaria de alerta-los quanto a manipulação dos protestos pelos partidos políticos que constituem a oposição dos governos locais e nacional, principalmente. Os partidos opositores incentivam o lado ruim das manifestações e se aproveitam do momento de destaque esportivo que o país está vivendo para, assim, fazerem “campanha política antecipada a nível mundial” contra o poder publico atual, pois quanto mais pessoas forem mortas ou feridas, quanto mais bens públicos forem degradados, maiores serão os impactos gerados pelas propagandas do horário político obrigatório no ano de eleições que virá.

Acordem, não deixem de protestar quando necessário for, e não permitam que o interesse pelo poder público desvie seus propósitos os fazendo de escudo para servirem apenas como estatísticas, a quantidade de vitimas, que serão usadas em futuras campanhas políticas. O tempo no qual cidadãos eram apenas soldados que morriam na guerra pela glória de poucos já passou, os Czares caíram, e isso serve para reforçar a ideia de que o poder público deve atender aos interesses do povo e não apenas de alguns partidos, por tanto democracia plena somente é exercida quando o poder público é constituído pelo povo, voltado para o povo e executado com o povo. Fica a dica!!!
                                                                                                              
Natal, 18 de junho de 2013,

                                                                                                                                      Por João Neto, estudante de Odontologia na UFRN

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