terça-feira, 20 de agosto de 2013

Fazer valer a voz do Sertão!



Sabemos que em uma sociedade multicultural como a nossa não pode haver distinções entre as culturas. Esse conhecimento se intensifica agora com a participação no Curso “Caminhos da Escrita”, elaborado pela equipe da Olimpíada de Língua Portuguesa, já que na elaboração de um pré-projeto precisamos perceber, captar, considerar culturas pertinentes aos agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem que tomamos como base para a elaboração da proposta. Para ampliar e refletir sobre o processo do multiletramento, que se baseia nesta diversidade, enfatizo aqui o comentário da jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum (jurada da comissão julgadora nacional da OLP em 2012), a respeito de um dos textos vencedores da 3ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa na categoria Poema. 

“[...] Percebi duas coisas: 1) que falta faz esse Brasil com sotaque não só no falar, mas também na escrita; 2) que falta faz esse contar que não está nos jornais para nos contar de nós. Só então alcancei o privilégio de receber notícias dos tantos Brasis dos quais poucas notícias nos chegam, em várias línguas portuguesas – e não numa só. Os melhores textos eram justamente aqueles como o do Henrique, que não tentaram encaixotar a vida na linguagem dominante (mais ou menos essa que eu uso aqui, disseminada pelo Brasil especialmente pelos telejornais). Os melhores textos eram aqueles que carregaram para a escrita a variação linguística do seu Brasil, com palavras e ritmos nascidos de uma experiência diversa de ser brasileiro”.
Ainda refletindo sobre esse processo, compartilho aqui mais um momento de aprendizado. Acabamos de chegar (Eu, o aluno Henrique Douglas e sua mãe) da abertura do V EREBIO-NE.

Encontro Regional de Ensino de Biologia.
Olhares para a Educação em Biologia: escola, vida e cultura.
Natal, 20 a 23 de agosto de 2013.

O evento homenageou nosso aluno, Henrique Douglas, e ouvir da diretoria da Regional, que desde o início quis valorizar a cultura do nosso povo, da nossa gente, homenageando, “um aluno que em verso fez valer a força do sertão na sua vida, na escola e na cultura do seu povo”, um filme passou em minha mente, todo o trabalho que desenvolvi nas três edições da OLP, e o aprendizado que constantemente tenho adquirido se intensifica de tal forma que a emoção transborda.
Nossa!!! São tantos momentos que a Olimpíada de Língua Portuguesa me proporciona! 

Marlécio Maknamara e Francisco Antonio Rodrigues Setúvel, é imensa a nossa satisfação em poder compartilhar com vocês momentos tão especiais que valorizam a busca incessante pelo conhecimento. 

Obrigada pelo reconhecimento.

Simone Bispo.

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