Menino de 8 anos que salvou bebê na piscina afirmou ter agido por instinto: 'só fui, pulei a grade e salvei ele'

Bernardo Pires Rios é primo da criança de 1 ano e 9 meses. Caso aconteceu em Mongaguá (SP).

O menino de 8 anos que se tornou 'herói' após salvar a vida do primo, um bebê de apenas 1 ano e 9 meses, que se afogava na piscina, disse ao g1, nesta sexta-feira (3), ter agido por instinto. Bernardo Pires Rios afirmou: "Só fui, pulei a grade e salvei ele".

Bernardo contou que os pais do bebê tinham acabado de chegar à casa dele, que estava cheia devido a uma confraternização familiar. Nas imagens obtidas pela reportagem (vídeo abaixo), é possível ver a criança chegando sozinha até a área da piscina, que costuma ficar fechada, e pulando na água.

O pequeno herói disse ter notado logo a situação de risco, e que não pensou duas vezes antes de se atirar na piscina para ajudar o primo. Bernardo disse se sentir feliz por ter conseguido evitar uma tragédia e que está gostando de ser tratado como um herói.

"Na hora que pulei, dá para ver na imagem, [peguei o bebê] e já entreguei para a responsável, [a mãe dele]. Ficou tudo bem".

Bernardo tornou-se 'herói' após salvar a vida do primo, um bebê de apenas 1 ano e 9 meses, que se afogada na piscina em Mongaguá. Imagens obtidas pelo g1 mostram como o garoto reage rápido e evita a tragédia.

O caso aconteceu durante uma confraternização familiar na casa de Renata Cristina Rios, que é mãe do menino de 8 anos. Ao g1, ela contou que tudo aconteceu muito rápido e acredita que o reflexo do filho foi resultado de aulas que ele teve em um projeto, que ensina surfe a crianças e adolescentes na cidade.

Nas imagens, é possível observar que uma outra criança está na piscina no momento em que o bebê cai na água, mas ela não percebe a situação. Aproximadamente 15 segundos depois da queda, o menino de 8 anos nota o primo com o rosto mergulhado na água e pula para socorrê-lo.

G1.Globo

O menino participa do projeto Surf Escola desde 2021. O projeto é uma parceria entre a ONG Esporte Vida e o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar). A mãe conta que foi lá que ele desenvolveu a natação, aprendeu a surfar e começou a ter noções de primeiros socorros para acidentes em água.

"O preparo em relação aos primeiros socorros fez com que ele tivesse um rápido raciocínio na hora de pular e salvar a criança", disse Renata.

Ao g1, Julio Cesar, o fundador do projeto, disse que ele é realizado em Mongaguá e em Praia Grande, cidade vizinha. Através dele, crianças e adolescentes de 7 a 17 anos são ensinadas a nadar e surfar, além de primeiros socorros em acidentes com água.

Bernardo, que salvou bebê que estava se afogava, participa do projeto Surf Escola desde 2021 — Foto: Arquivo Pessoal