Chegou o dia do poeta Palacin receber a gratificação de Lupicino. Nessa gravura artística o poeta balança nas ruas de José da Penha a chave do bem comprado com a premiação recebida por exaltar o amigo em versos.
Lupicino é fazendeiro
Debaixo do céu azul
Seus terrenos fazem extremo
Tem muito dinheiro na caixa
Muito, mas tem num baú.
Não quero ser Garrastazu
Nem tão pouco Juscelino
Não quero ser sarnei
Nem também Zé Agripino
Eu queria ser a chave
Do baú de Lupicino.
A meu deus se Lupicino
Me desse uma gratificação
Me desse uma grana preta
Como uma bonificação
Amanhã muito cedo
Eu comprava um fuscão.
Trucado não quero não
Nem também alfa romeu
Eu queria um fusquinha
Bem calçado de pneu
Pra passar na rua dizendo
Olha gente! que Lupicino me deu.
Palacim tu tem fé
De ainda quebrar teu galho?
Vou pagar a cachaça
Recompensar o trabalho
De falar de Lupicino
Em versos de bom talho.
Lupicino gente fina
Uma coisa vou lhe pedi
E esta coisa o senhor
Talvez possa consegui
Pra ser bom pra Jesus
Como foi pra mim aqui.
Poeta: Palacin.
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