terça-feira, 16 de setembro de 2014

LAVA JATO: Juiz federal autoriza que ex-diretor da Petrobras deponha quarta-feira na CPI


O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa vá depor, na quarta-feira (17), na CPI mista que investiga denúncias de irregularidades na estatal. No despacho em que deu aval para a ida do ex-dirigente da petroleira ao Congresso Nacional, o magistrado determinou que a Polícia Federal (PF) tome as providências necessárias para assegurar a escolta de Costa para Brasília.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia ressaltado na última sexta (12) que a CPI não precisava de autorização judicial para ouvir o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras. No entanto, o aval de Sérgio Moro era necessário porque Costa está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba e precisa de uma manifestação da Justiça para deixar a cadeia.

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Delação premiada
A direção da CPI mista decidiu marcar o depoimento de Paulo Roberto Costa para esta quarta-feira depois que vieram à tona alguns detalhes do depoimento que o ex-diretor prestou ao Ministério Público Federal em um acordo de delação premiada. Na tentativa de reduzir sua pena, Costa denunciou como funcionava o esquema de corrupção na Petrobras.

Segundo reportagem da revista "Veja", durante seus depoimentos aos procuradores da República, o ex-dirigente teria delatado que três governadores, seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais foram beneficiados com pagamentos de propinas oriundas de contratos com fornecedores da estatal.

De acordo com a publicação, Costa citou, entre outros políticos, os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Todos negaram envolvimento no esquema de corrupção.

Do portal G1

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